WTC São Paulo Business Club promoveu encontro online que debateu novas maneiras de propor a educação corporativa junto aos modelos digitais
A educação digital é uma tendência que existe há muitos anos. Entretanto, em 2020, os modelos de aprendizado à distância cresceram ainda mais, visto que diversas mudanças e transformações foram aceleradas devido ao isolamento social. Dentro das empresas, esse método também foi adotado para realização de treinamentos e desenvolvimento de equipes e funcionários. No dia 09 de dezembro o WTC São Paulo Business Club apresentou uma pesquisa realizada em parceria com a CrossKnowledge em um encontro online, que apontou que os brasileiros empregados estão preferindo o modelo híbrido de aprendizado nas corporações, mas com o foco no digital. O evento contou com a presença da diretora de desenvolvimento e ensino corporativo da Albert Einstein, Simone Azevedo, da diretora global de desenvolvimento organizacional da Natura&CO, Mariana Talarico, e da head de operações Latam da CrossKnowledge, Michele Rangel.
O estudo foi feito com empresas de 5 segmentos diferentes: bens de consumo, serviços financeiros, saúde, logística e construção. Mais de 5 mil colaboradores responderam à pesquisa, com cargos de gerentes, diretores, VPs, coordenadores, consultores, especialistas, analistas e assistentes. Os resultados apontaram que 73% dos colaboradores preferem o formato híbrido com foco no digital para treinamentos, desenvolvimento de equipes e webinars oferecidos pelas corporações. Em contrapartida, 16% preferem o modelo híbrido com foco no presencial. 9% das pessoas que participaram gostam mais do modelo 100% digital e 2% não realizou nenhum treinamento.
Os maiores desafios para implementar treinamentos e desenvolvimento à distância, segundo a pesquisa, são as limitações de orçamento. 50% dos colaboradores escolheram esta opção como o principal obstáculo. 39% acham que o maior problema é sobre a falta de engajamento dos alunos. Já 34% das pessoas que responderam ao questionário apontaram que equipes enxutas é o maior desafio. Confira mais resultados deste bloco da pesquisa: 27% dispersão geográfica; 23% falta de infraestrutura tecnológica; 14% barreira de idiomas; 10% falta de infraestrutura física; 9% dificuldades para produzir ou contratar treinamentos.
Segundo a diretora de desenvolvimento e ensino corporativo da Albert Einstein, Simone Azevedo, o motivo do crescimento dos modelos digitais vai além das transformações impostas pela pandemia. “Podemos afirmar que os modelos de educação à distância cresceram muito após o isolamento social, é claro. Mas não podemos limitar esse crescimento apenas a isso. A educação digital corporativa já era uma tendência e estava ganhando espaço aos poucos. A pandemia acelerou essa adaptação das pessoas devido ao fato de não podermos nos encontrar pessoalmente. E quem acredita que quando tivermos vacina as coisas voltarão a ser como antes, está enganado. Nada será como antes, nem mesmo os modelos de educação. A tendência é que daqui pra frente o modelo digital se desenvolva cada vez mais e com o tempo vai se tornar o método preferido de diversas pessoas. O modelo híbrido com esse foco digital é um dos que gera melhores resultados para as corporações, em todos os sentidos. Tanto na eficácia do aprendizado, quanto na praticidade, conforto e agilidade para os participantes e para os professores/responsáveis por aplicar os treinamentos. Além disso, é um modelo mais barato e econômico para as empresas”, disse a diretora.
Ainda de acordo com a pesquisa do WTC São Paulo Business Club, em parceria com a CrossKnowledge, o formato de aprendizagem digital mais escolhido pelos colaboradores foram as lives e os webinars, com 86%. Os micro learnings (vídeos curtos) ficaram em segundo lugar, com 68%. Já os cursos de e-learning de média duração (20 minutos), ocupam a terceira posição dos resultados do estudo, com 58%. Os PDFs e apresentações de PowerPoint ficaram com 42%, e os treinamentos digitais completos (Macro Learnings) em último lugar, com 41%.